(des)mascarado
Todos os dias ele vestia sua máscara. Possuía uma variedade delas que se adequavam a quase todas as situações. Em casa punha a de marido exemplar, no trabalho ficava pendurada junto a frase: funcionário do mês, mais tarde no bar com os amigos era o piadista da rodada, já no trânsito sua carranca era medonha, no motel escondia a aliança atrás da máscara de sedutor inveterado, já em tempos de pandemia usava-a embaixo do pescoço.
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