A fé que me guia


Eu que desde criança acreditei em tantas coisas: Fada do dente, duende, Saci-pererê, assombração, Papai Noel, nesse pelo menos fingia que acreditava só para garantir o presente de fim de ano, além do mais sempre fui uma criança obediente. A revolta só se despertou em mim na adolescência, coração partido, desilusão. Porém a dor se tornou crônica quando passei a crer em jornal, revista, publicidade. Teve uma vez que acreditei em promessa eleitoral, o sofrimento durou quatro longos anos seguida de uma profunda sensação de culpa. A partir daí comecei a ficar mais desconfiado, maldição de eleitor arrependido.  Neste momento percebi a miserável condição humana. Então, transferi minhas crenças para algo etéreo, divinal, mas com o tempo me pareceu que eu voltara a acreditar em Papai Noel, só que de forma mais ingênua agora. Aí me tornei niilista, anarquista, do contra. Acredite se quiser. Hoje em dia acredito em mim, mas com algumas ressalvas, claro, também acredito que a vida pode ser melhor, apesar das evidências contrárias, mas o que são as evidências diante da fé?

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