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Mostrando postagens de novembro, 2016

Trabalho hercúleo

Outro dia a professora de português mandou a gente ler dois diferentes textos e fazer um terceiro sobre o mesmo assunto. A tarefa causou queixas e arrepio, muito embora a gente já estivesse no Ensino Médio, portanto, ler e escrever não deveriam ser algo tão complicado, ainda mais para quem já está há tanto tempo na escola. Porém, e sempre há um porém, tempo de escola, necessariamente, não significa domínio da escrita, e assim como que numa equação sem solução eu também não encontrava jeito de resolver as atividades da aula de português. Tudo me parecia tão nublado e confuso que as palavras não encontravam nexo nem entre um sujeito e seu predicado. Puxa vida, pensei, por onde andará o sentido de minhas palavras. Procurá-lo na confusão dos meus pensamentos era como encontrar uma agulha no palheiro. Então revolvi voltar aos outros dois textos. Algumas releituras e a mesma insegurança depois, eu pensei, não tem jeito vou ter que começar logo isto ou nunca vou conseguir passar na matéri...

Trocadilho

Nesse Quiz Eu te quis E você me Kiss Cheisy Calabria

Resenha: As fantasias eletivas

Esta resenha foi feita em homenagem ao escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder ganhador do prêmio Cruz e Souza 2016 com sua obra As fantasias eletivas . Parabéns Santo de Casa! O livro As fantasias eletivas de Carlos Henrique Schroeder, obra recomendada para o vestibular deste ano, me foi apresentado, por um amigo e também professor de literatura, em um bar da Avenida Brasil em Balneário Camboriú. Daquele momento em diante minha atenção e interesse foi focado nas envolventes páginas de sua narrativa que me serviram de companhia entre um chope e outro até a última letra do alfabeto, conforme a ordem narrativa. Mas do que trata As fantasias eletivas ? Apesar da boa companhia sua temática é a solidão. Nela Renê um recepcionista de hotel que trabalha no turno da madrugada lida com seu passado de percalços, com hóspedes argentinos, brasileiros e paraguaios, prostitutas e travestis que movimentam a portaria, a economia e o cotidiano da principal cidade turística do litoral norte...

Poema Viral

Ram, ram Atchim! Shuñ Coof, coof Brr Zzz

Poeminha Romântico

Te lembrar já virou rotina como escovar os dentes, ter que seguir frente e coisas assim... Já te esquecer é do que sempre me esqueço.

Profana divindade

A volúpia que nos animaliza é a mesma que te sacraliza deusa Vênus te louvamos, ascendendo nossos falos ante tua divina imagem te rogamos o milagre venha a nós o vosso sexo seja feita vossa vontade assim na terra como no céu que se desponta quando a ponta te perfura sempre dura na abertura do profano tão sagrado, quanto humano sem o que não poderíamos nascer nem viver sem ter prazer nem morrer para renascer.

Macunaíma o herói da nossa gente

A obra Macunaíma o herói sem nenhum caráter de Mário de Andrade publicada em 1928, relata o nascimento, vida e morte da personagem homônima. Trata-se segundo o próprio autor de uma rapsódia, ou seja, uma compilação de temas heterogênicos que caracterizam este que foi o romance ícone da primeira fase do Modernismo. Macunaíma nasce caçula numa aldeia indígena num lugar chamado Pai da Tocandira, seus outros dois irmãos Maanape, já velhinho, e Jiguê, na força de homem, o acompanharão por toda a fantástica narrativa que revelará as presepadas de um anti-herói malandro e sensual que personifica à imagem do brasileiro de todos os tempos e regiões deste país. Em suas andanças o herói conhece Ci a Mãe do Mato, por quem se apaixona e passam a viver um intenso amor de cama e rede, porém logo Ci padece e sobe ao céu por um cipó transformando-se num estrela, a Beta do Centauro. Antes, porém lhe entrega a Muraquitã, amuleto da sorte que é roubada por Piaimã o gigante comedor de gente, então Mac...

Perdição

Primeiro foi a maçã e lá se foi o paraíso, depois provamos seus beijos e consagrou-se a perdição. Jesus resistiu ao diabo, por esse não ser mulher. Já Maria Madalena, dizem, deu ao Cristo mais que fé. Ao pensar na trindade divina, nem Deus resistiu a mulher!

Coletiva de imprensa

Expectativa, suspense, sussurros e burburinhos... A sala estava lotada de jornalistas, que para ganhar o pão de cada dia esperavam horas (ela estava atrasada) para ouvir o que a ex-colega tinha a dizer. Enquanto esperavam, alguns comentavam que a conheciam dos tempos das “vacas magras”, quando ela, assim como eles, espremiam-se e acotovelava os concorrentes, fazendo de tudo para chegar mais perto do alvo, tentando conseguir uma informação importante e, quem sabe com sorte, um “furo”.Uma dessas ex-colegas, olhando por cima dos óculos para leitura comprados em farmácia, dizia: --Parece que ela conseguiu chegar bem perto do “furo”, hein? Enquanto o outro, com uma coxinha de galinha na boca tentava fazer uma piadinha: -- Mas quem acabou “furada” foi ela... – disse ele, esboçando um sorriso galináceo, que não foi correspondido. -- Essa aí foi esperta... e peituda. Tem que ter coragem pra fazer o que ela fez. -- Coragem e outras “cositas más”. – disse outro, aproximando-se da mesa de s...

Paradise

Você é  Belzebu no deserto da minh'alma me atirando maçãs para que eu as apanhe com a boca e depois te beije com hálito de pecado, te mostrando que o paraíso não é um plácido lugar, mas sim um palpitante estado.

Direito de imagem

Esta crônica foi escrita há alguns anos em virtude de uma reportagem da TV Globo, em que um ladrão roubava fios de cobre num viaduto em plena luz do dia, indiferente aos transeuntes, que também se punham indiferentes ao delito. Pô mó sacanagem meu irmão! Tão pensando que isso é zuera, porra! Tava eu lá no maior empenho pra tirar aquele caralho daqueles fio de iluminação do viaduto pra levantar um trocado ai pras necessidade, ta ligado, no maior sol eu de picareta e o diabo a quatro, dando altos trampo pra recolher o produto e não é que me vem um fdp dum repórter da Globo, o cara, querendo filmar o flagrante, querendo me expor pros homi, copio, aquilo me deu nos nervos, ta ligado, porra ninguém ali tava falando nada a galera que passava guardava maior sigilo, de boa é cada um na sua entende? A vontade que eu tava era de pegar aquela picareta e arrebentar nos corno daquele desgraçado, mas ai ia atrapalhar todo empenho e eu corria o risco de perder o bagulho, ta ligado. Daí foi que ...