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Mostrando postagens de julho, 2018

Na miséria

Na falta do que deixar aos filhos deixou-lhes a miséria.

Sem volta

São águas passadas. Arrependeu-se o suicida ao despencar-se da ponte.

Dolorosa infância meus oito anos

Oh! que saudades que eu não tenho Da aurora da minha vida Da minha infância sofrida Que ainda bem ficou para trás. Rompantes, gritos, temores Naquelas tardes, carreiras Escondido entre as bananeiras Em cima dos laranjais. No lombo anteviam-se dores As pernas em tremedeiras Varas de marmelo e soiteiras Sibilavam ardentes ais. Saudades, meu bem, jamais.

Sem manteiga

Para não morrer de fome, comeu o pão que o diabo amassou.

Receita para um poema não dadaísta

Pegue um sentimento, qualquer que seja, desde que puro, envolva-o em sinceras palavras, tempere com uma boa pitada de criatividade, leve em banho-maria por algum tempo até que adquira consistência, depois deixe esfriar, removendo possíveis excessos, quanto mais simples, melhor. Sirva com efusiva emoção e seu poema será degustado com a receptividade e o apreço do mais atento e sensível leitor.

Sem registro

Trocou o terno por algo mais informal.

Spoiler

Foi o mordomo.

Gol de letra

Virou placa.