O reflexo no espelho ou Alice, o buraco aqui é mais embaixo ou Brasil um país de torpes ou Os incomodados que se mudem
“O Brasil não é para principiantes” a frase de Antônio Carlos Jobim, um de nossos maiores nomes da música brasileira, define de maneira enfática e precisa o comportamento sócio cultural brasileiro. Viver em terras tupiniquins é ter certeza da incerteza, é cair na toca do coelho e ver a fantasia dar lugar a realidade, é encontrar no absurdo seu lugar comum, é fazer da cordialidade a oposição da polidez e, da ética, discurso vazio de intolerância ou discriminatório. Principiantes não há princípios desde o principio! Se contar ninguém acredita, a expressão se mantém autêntica mesmo desgastada, reflexo dos paradoxos brasileiros, uma vez que de fato ninguém acredita, como por exemplo: quando um sortudo de um deputado ganha mais de duas centenas de vezes na loteria, milagres acontecem, sobretudo num país tão devoto quanto o nosso, os pastores que o digam, com seu discurso de prosperidade prosperam que é uma beleza, compram horário em emissoras de TV, constroem templos, e edificam fortunas...